domingo, 22 de janeiro de 2012

Meu amor, meu bem, me ame, me espere até que o motor pare ou até que Marte nos separe. Das lembranças que eu trago na vida, você é a saudade que eu gosto de ter. Espero o dia que vem pra ver se te vejo e faço o tempo esperar como esperei a eternidade se passar nos dois segundos sem você. Eu faço tudo pelo bem do nosso bem, meu bem. Se fosse só sentir saudade, mas tem sempre algo mais. Eu amo tudo que dói em você. És parte ainda do que me faz forte e, pra ser honesta, só um pouquinho infeliz, mas tudo bem. Quero que você me ame bastante, daqui até a Constante Ramos. Vamos, vamos, vamos lado a lado como dois gigantes! De todos os meus amores e amigos, não há ninguém que se compare a você. Tu eras também uma pequena folha, que tremia no meu peito. O vento da vida pôs-te ali. A princípio não te vi, não soube que ias comigo. Até que tuas raízes atravessaram o meu peito, se uniram aos fios de meu sangue, falaram pela minha boca e floresceram comigo. Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade. Obrigada por sonhar comigo. O sonho seu vem dos lugares mais distantes, terras dos gigantes, super-homem, super mosca, super carioca, super eu, super nós! E quando o nó cegar, deixa desatar em nós. Somos vaga-lumes a voar, perdidos. Afinal, o que eu posso fazer se não me lembro mais o que era antes de te conhecer? Você é minha vida agora, te digo simplesmente. É por isso que eu te chamo: minha flor, meu bebê. Quando não estás aqui, sinto falta de mim mesma. Metade de mim sou eu mesma e a outra metade é você. Ou seríamos apenas um por inteiro? Dois cosmonautas vagando pelo espaço sideral da nossa mente, brincando entre os campos das nossas idéias. Se eu sei o que é o amor, é por sua casa. Devora-se a si mesmo para depois se vomitar. Maquina a guerra e faz surgir as artes puras. Adorna de ilusões a casa do pecado. Arrasta-se, consome-se, prostitui-se todo... Si Atromiso. Morando em São Paulo, você sabe como é... Oh, venha, solte seu corpo no mundo! And I'll send all my loving to you, everyday. Preparem seus soldados, somos metal, raio, relâmpago e trovão contra as nuvens! Remando contra a corrente só pra exercitar.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

uma aprendizagem


Rafael, uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive, muitas vezes é o próprio "apesar de" que nos empurra para a frente. Foi apesar de que parei na rua e fiquei te olhando enquanto você estava parado na frente daquele hotel. E desde logo desejando você, esse seu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteiro, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha... Esperarei quanto tempo for preciso.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Seu sangue ainda corria, quente. Estava ali, emaranhado em dezenas de fios e sondas e agulhas que nem sabia para que serviam, mas que não ousava tirar. O coração ainda batia, embora estivesse bem mais fraco do que antes. Sabia que a morte, em poucas horas, viria lhe buscar e não teria outra alternativa, senão aceitar o fim da vida que lhe foi destinado após seus recém-completados 51 anos de vida. Era seu leito de morte. Não havia ninguém por perto. Ninguém viera lhe visitar. Não tinha amigos, muito menos família. Há anos vivia jogado nas ruas e entre alguns papelões e cobertores que dera a sorte de encontrar no lixo, dormia e tentava sonhar. Agora não estava mais nas ruas e sim, deitado naquela maca sem cor, comendo comida sem gosto e sendo observado por médicos que, definitivamente, não tinham vontade de trabalhar. Chamava-se Antônio, o ex-morador de rua que agora estava ali vendo a vida passar por seus olhos em rápidos flashes que revelavam sua tão curta e tão experiente trajetória vital. Lembrou-se de quando era criança: do pai que não conheceu, da mãe que se recusava a dizer um simples "eu te amo, meu filho" e dos irmãos que eram tão indiferentes a tudo o que se passava. Lembrou-se também, de seu primeiro amor... Maria. Entre tantas Marias que existiam no mundo, aquela era dele, só dele. Lembrou-se de como tudo acabou, de como Maria se foi e de como foi doloroso vê-la partir. Lembrou-se de seu primeiro emprego. Trabalhou durante sete anos como balconista da Mercearia do seu João, um amigo da família. Veio em sua mente a imagem de seu João sentindo dores no peito e suplicando por socorro, enquanto ele, assistia a tudo parado, pois não conseguia reagir. Finalmente, lembrou-se da morte de sua mãe e seus irmãos... Um incêndio na pequena casa em que moravam levaria embora tudo aquilo que tinha. Não lhe restou mais nada. Não tinha mais família, mais amores, mais amigos, mais emprego, mais nada. A noite paulistana parecia muito mais bela quando ainda não era vista do chão, da calçada, da sarjeta. Passou dias sem comer, sem beber sequer um copo d'água, mas não desistiu. Sabia que em algum lugar, alguém estava a sua espera.
Antônio está deitado na maca, desacordado. Os médicos tentam reanimá-lo, mas as tentavivas falham. Não há mais o que fazer. O homem já encontrou quem lhe esperava. A Morte, que já se tornara, depois de tudo o que passou, uma velha conhecida.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Se tudo passa, como se explica o amor que fica nessa parada?

Eu pensei em todas as palavras bonitas para descrever o que sinto por você, mas nenhuma delas traduz, com a perfeição que merece, todo esse amor, todo esse carinho, toda essa afeição que sinto por ti. Você conseguiu se tornar, em menos de um mês, a pessoa mais especial do mundo pra mim. Meu amigo, meu irmão, meu confidente, meu apoio, meu tudo... sabe? Conseguiu fazer com que eu enxergasse em você o que eu tanto procurava ver em mim mesma. Já perdi as contas de quantas vezes te agredeci por ter aparecido na minha vida assim, de repente. Mas não importa quantas vezes fiz isso, porque nunca será demais te agradecer. Nunca conseguirei te retribuir tudo isso. Então, obrigada. Obrigada mesmo. Por ser esse menino que ri comigo, que brinca comigo; Por ser esse homem que me entende, por ser esse amigo que sempre me aconselha, sempre está disposto a me ouvir com toda calma e paciência do mundo. E acima de tudo, por ser você mesmo: esse pranto no avesso, esse anjo inverso que me faz ver o mundo com outros olhos, que me faz discordar da dor e me ensina a descobrir abrigo em tudo. Obrigada por me ensinar a ser mais forte todos os dias. Confesso que não sei descrever o que senti no momento em que te vi parado na frente daquele hotel, mas posso afirmar que sim, foi o dia mais feliz da minha vida. Digo isso sem exagero, porque foi naquele dia que eu pude abraçar quem eu sempre achei que não pudesse nem existir... Minha maior utopia, ali, havia se transformado em realidade. Quando você veio pra cá, quando eu te vi "escondido" ali no canto do salão, a intensidade do que senti foi a mesma: absurda, inexplicável... linda! Seu abraço me conforta tanto! Se eu pudesse te roubar pra mim... ah, se eu pudesse... o faria sem arrependimento algum, saiba.
"Sou teu gesto lindo, sou teus pés, sou quem olha você dormindo..." lembra? Pois eu te vi dormir. perderei mais quantas noites de sono forem necessárias só para te ver dormir.
Conto as horas pra te ver de novo, pra olhar fundo nos teus olhos, sentir seu cheiro, ouvir tua voz e no instante em que te abraçar, sussurrar ao pé do seu ouvido o "eu te amo" mais sincero.
Saiba, menino, que eu sonho e guardo você comigo, pra sempre. Eu te amo... nunca se esqueça disso... eu te amo... muito.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Raul Seixas

"Eu sei que determinada rua que eu já passei não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos e que nunca mais eu vou abrir. Cada vez que eu me despeço de uma pessoa, pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez.
A morte, surda, caminha ao meu lado e eu? Eu já não sei em que esquina ela vai me beijar. Com que rosto ela virá? Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer? Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque? Na música que eu deixei para compor amanhã? Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro? Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada e que está em algum lugar me esperando, embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim, pois em qualquer lugar esperas só por mim. No teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo, mas tenho que encontrar. Venha, mas demore a chegar. Eu te detesto e amo morte que talvez, seja o segredo desta vida.
Qual será a forma da minha morte? Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro, o coração que se recusa a bater no próximo minuto, a anestesia mal aplicada, a vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida, o câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe, um escorregão idiota num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte, que matas o gato, o rato e o homem. Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar! Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva e que a erva alimente outro homem como eu, porque eu continuarei neste homem, nos meus filhos, na palavra rude que eu disse para alguém que não gostava e até mesmo no uísque que eu não terminei de beber naquela noite..."

canto para a minha morte

domingo, 16 de maio de 2010

e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou


Foi-se a última lembrança viva da minha infância. Foi embora pra bem longe, para nunca mais voltar, para nunca mais ser tocada, para nunca mais ter sua presença sentida. Agora só nos resta a saudade... Saudade de tudo o que um dia foi bom, tudo que um dia foi real. Os latidos, os choros, os gritos, o som das brigas e até mesmo os últimos suspiros que deu até sua alma se desligar completamente de tudo isso que nos cerca. Assustador foi vê-la ir embora aos poucos, com a carinha de quem estava tirando um peso de si mesma, carinha de quem não aguentava mais sofrer. Triste foi ver quem ficou ali, ao seu lado, sozinho, a espera do último olhar. Olhar que vinha de olhos que não viam mais nada, mas sentiam tudo e não aguentavam mais, não queriam mais sentir, mais olhar, mais nada. Foram dez anos, apenas. Para mim, poderia ficar mais dez anos comigo, mais vinte, mais quantos anos quisesse. Mas ela não aguentava mais.
Ela também queria dormir. Dormiu, pra sempre.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Relatos

Fiquei um bom tempo pensando no que escrever por aqui e é claro, não tive nenhuma ideia. Então, vou relatar meu cotidiano.

A escola está tomando muito meu tempo. Muito mesmo. Essa minha vida de nova estudante do ensino médio está me matando. A tragédia começa com o fato de ter que acordar cedo. Eu mal consigo abrir os olhos, quanto mais resolver um gráfico de função inversa ou fazer um relatório sobre Sensoriamento Remoto às 6h da manhã. É coisa de louco, sério! Eu sempre fui uma boa aluna, daquelas extremamente dedicadas, que só vinham com A ou 10 no boletim. Um orgulho. Tudo bem, isso até meados da 6ª série. Depois disso desandei de vez... Um desgosto. Ainda tiro boas notas, entendo a matéria, mas a dedicação está escassa. Nunca pensei que um dia eu tivesse coragem de dormir em plena aula de matemática, mas assim fiz. Dormi e foi bom, acordei com o celular de um menino apitando no meu ouvido e com minha amiga falando "Ana, a professora já chegou!". Mas enfim, não vou desviar o assunto né. O fato é que eu não aguento mais tantos trabalhos, seminários, pesquisas, lições de casa e o escambal a quatro. Bom, eu achava que tudo isso já era o fim do mundo, até minha querida professora de Química tocar no assunto VESTIBULAR e aí ferrou de vez. Minha rotina tá sendo essa: escola, casa, computador, trabalhos, violino, cama, escola, casa, trabalhos, computador, etc.
Há pouco tempo, voltei para as bandas do twitter. Ainda não sei qual é a real função daquilo, mas me divirto um bocado. Como estou em uma "fase amor platônico" pelo B., nenhuma ferramenta é melhor que o twitter para que eu possa TENTAR me aproximar dele (só tentar, só tentar). No microblog, onde atendo pela alcunha de @afsiqueira, posto coisas que não interessam a ninguém, como "meu gato está me mordendo" então, talvez não seja tão legal me seguir, embora eu me espante com meus 106 seguidores com apenas 35 "perseguidos".
Continuo navegando pelo orkut, embora com menos assiduidade. Agora tô mais na onda do twitter mesmo(na verdade, tô na onda do B., mas eu finjo que não) e acho que não saio de lá tão cedo. Ainda posto fotos no Flickr, porque acho que minha semi-habilidade com uma câmera ainda me dará um futuro semi-promissor e um semi-reconhecimento.
Meu grande amor continua sendo o Rafael Monteiro e do lado dele eu não saio. Minhas idas à Sufruto continuam prazerosas, embora as oficinas de TO tenham me decepcionado um pouco (não a oficina em si, mas algumas outras coisas que me irritam bastante).
É, acho que meu relato chegou ao fim... Não tenho mais nada em mente, a não ser mostrar a minha indignação perante esse jogo Atlético Mineiro x Santos em 3x1 pro Galo.
É isso então.

Beijo no cérebro, força sempre e parabéns pra Pépis, minha cachorrinha que hoje completa 10 anos e pro Lucas, meu primo, pelos seus 16 anos de vida.
∆ ☾ ♥ ∞