quarta-feira, 28 de abril de 2010
Relatos
A escola está tomando muito meu tempo. Muito mesmo. Essa minha vida de nova estudante do ensino médio está me matando. A tragédia começa com o fato de ter que acordar cedo. Eu mal consigo abrir os olhos, quanto mais resolver um gráfico de função inversa ou fazer um relatório sobre Sensoriamento Remoto às 6h da manhã. É coisa de louco, sério! Eu sempre fui uma boa aluna, daquelas extremamente dedicadas, que só vinham com A ou 10 no boletim. Um orgulho. Tudo bem, isso até meados da 6ª série. Depois disso desandei de vez... Um desgosto. Ainda tiro boas notas, entendo a matéria, mas a dedicação está escassa. Nunca pensei que um dia eu tivesse coragem de dormir em plena aula de matemática, mas assim fiz. Dormi e foi bom, acordei com o celular de um menino apitando no meu ouvido e com minha amiga falando "Ana, a professora já chegou!". Mas enfim, não vou desviar o assunto né. O fato é que eu não aguento mais tantos trabalhos, seminários, pesquisas, lições de casa e o escambal a quatro. Bom, eu achava que tudo isso já era o fim do mundo, até minha querida professora de Química tocar no assunto VESTIBULAR e aí ferrou de vez. Minha rotina tá sendo essa: escola, casa, computador, trabalhos, violino, cama, escola, casa, trabalhos, computador, etc.
Há pouco tempo, voltei para as bandas do twitter. Ainda não sei qual é a real função daquilo, mas me divirto um bocado. Como estou em uma "fase amor platônico" pelo B., nenhuma ferramenta é melhor que o twitter para que eu possa TENTAR me aproximar dele (só tentar, só tentar). No microblog, onde atendo pela alcunha de @afsiqueira, posto coisas que não interessam a ninguém, como "meu gato está me mordendo" então, talvez não seja tão legal me seguir, embora eu me espante com meus 106 seguidores com apenas 35 "perseguidos".
Continuo navegando pelo orkut, embora com menos assiduidade. Agora tô mais na onda do twitter mesmo(na verdade, tô na onda do B., mas eu finjo que não) e acho que não saio de lá tão cedo. Ainda posto fotos no Flickr, porque acho que minha semi-habilidade com uma câmera ainda me dará um futuro semi-promissor e um semi-reconhecimento.
Meu grande amor continua sendo o Rafael Monteiro e do lado dele eu não saio. Minhas idas à Sufruto continuam prazerosas, embora as oficinas de TO tenham me decepcionado um pouco (não a oficina em si, mas algumas outras coisas que me irritam bastante).
É, acho que meu relato chegou ao fim... Não tenho mais nada em mente, a não ser mostrar a minha indignação perante esse jogo Atlético Mineiro x Santos em 3x1 pro Galo.
É isso então.
Beijo no cérebro, força sempre e parabéns pra Pépis, minha cachorrinha que hoje completa 10 anos e pro Lucas, meu primo, pelos seus 16 anos de vida.
∆ ☾ ♥ ∞
domingo, 11 de abril de 2010
Aloha
Dizem que eu não tenho opinião
Me compram, me vendem, me estragam
E é tudo mentira, me deixam na mão
Não me deixam fazer nada
E a culpa é sempre minha, oh yeah!
E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar
E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar
O que eu tenho de melhor: minha esperança
Que se faça o sacrifício
Que cresçam logo as crianças.
Renato Russo
segunda-feira, 5 de abril de 2010
meu anjinho de três patas
É difícil aceitar que você se foi pra sempre. É difícil aceitar que eu não vou mais poder ouvir o seu “quase latido” pra me avisar que o pai chegou... é difícil aceitar que eu não vou mais ter pra quem inventar apelidos, que eu não vou ter mais ninguém pra chamar de Bid, de Tiu ou de qualquer outro nome que eu preferisse usar. É difícil. É horrível imaginar que eu não vou mais falar “já volto, bebê” todos os dias de manhã, quando vou pra escola e que não vou mais ter sua cabecinha para fazer cafuné quando eu chego. Desculpa por eu ter brigado com você certas vezes, mesmo pelo motivo mais ridículo do mundo. Desculpa por eu não ter saído para te dar “boa noite” mais. Desculpa por todas as vezes que eu saí para passear com o Copérnico e deixei você em casa.. Desculpa, porque nesses ONZE anos que você esteve comigo, eu não consegui te dar nem a metade da atenção que você merecia. Desculpa. Mas só VOCÊ sabe o quanto eu te amava, o quando eu te amo e o quanto eu estou sofrendo em olhar suas fotos, em olhar pela janela e não te ver dormindo no quintal e o quanto eu queria te ajudar ontem... O quanto eu queria ter ficado com você até o fim, mesmo você não querendo. Só você sabe o que eu senti quando percebi que você não estava mais respirando... Só você. Você sabe que não era só um animal, que não era só a cachorrinha bonitinha que eu tinha... Você era mais, bem mais que isso... Você sabe.
Me desculpa por todas as vezes que eu te chamei de feia, de idiota, por todas as vezes que briguei com você. Sabe, dói bastante saber que eu não vou mais poder te dar banho, que eu não vou mais te levar pra passear e que eu não vou mais poder rir de você correndo pra me encontrar. Mas o que mais dói mesmo, é pensar que eu nunca mais poderei ouvir esse seu coraçãozinho perfeito bater.
Em “A arte de correr na chuva”, o Enzo diz que os cães tem o poder de voltar como homens em sua próxima vida e ele deixa claro que não são todos, mas sim apenas os que estiverem preparados. Eu sei que você sempre esteve preparada para voltar como ser humano na próxima encarnação, porque você, assim como o Enzo da história, tem a alma humana. Você entende tudo, tudo, tudo, tudo.
Eu sempre me preparei para o dia da sua partida, porque era óbvio que um dia você teria que partir, mas eu não imaginava que seria tão difícil. É... Você poderia ter morrido logo que nasceu, quando te levamos ao veterinário e ele queria te sacrificar, pois achava que você não seria capaz de viver sem uma das patas. Mas não, você provou que seria capaz e conseguiu viver 11 anos, porque sabia que tinha alguém que precisaria sempre de você, que precisava aprender com você, sempre. Eu aprendi. Obrigada por todos os momentos de alegria, de riso, que você me proporcionou e, acima de tudo, obrigada por ter me encontrado e ter permanecido ao meu lado, sempre.
Cuida de mim, de qualquer lugar que você esteja. E saiba, meu bebê, que eu estarei de braços abertos pra te receber novamente, a qualquer hora.
Eu te amo MUITO e só você conseguia ver o tamanho desse amor.
